De quilinho em quilinho eu chego lá... Voa borboleta, voa.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um pouco de mim...

Meu nome é Adriana. Drika para os amigos
Sou a mãe do Gabriel Willian, filha da d. Marisa, namorada do Leonardo, irmã do Adriano e do Anderson, cunhada da Bia e Shirlene, prima irmã da Moninha e Jorge.
Tenho 32 anos e sou universitária. Trabalhei com vários segmentos, desde administração à educação, passando pela segurança. Apesar de tantas opções, atualmente estou sem trabalho, cursando faculdade à distância pela UCB, pedagogia.
Sou amiga, companheira, carinhosa, sincera. Sou teimosa, preguiçosa, implicante, barraqueira (minhas cunhadas que dizem, eu não acho, rsrsrs).
Não foi de um dia pro outro, lógico. Mas quando a ficha caiu eu estava pesando 140 kg. E só me dei conta disso porque passei mal e fui parar numa emergência médica com pressão alta de 21x17 (mediram somente depois que eu estava medicada hà 30 minutos) em que perdia consciência e tive convulsões, parece que o alerta foi gritante. Meu EU pediu socorro. E eu decidi procurar ajuda.
Procurei um cardiologista que pediu exames laboratoriais e eletrocardiograma. Após os resultados, voltei nele e escutei:
Você é muito saudável, mais até que muita magra por aí. Aliás, se não fosse sua obesidade, diria que não há nada de errado com você”. Foi isso que ouvi deste dito médico. E eu fiquei pior ainda. Putz, quer dizer que eu não tenho nada e sou esse monstro? E essa falta de ânimo, essas dores nas juntas que me enlouquecem, essa dor de cabeça constante? E a tristeza? E o peso, grau 3 de obesidade mórbida? Só isso que ele tinha para me dizer?

Na semana seguinte tinha consulta com a Nutricionista(24/04), mas quase desisti de ir. Quando ia a médicos antes era esculhambada por estar gorda. Fui nesse médico e ele diz que sou saudável e não tenho nada. Pra que perder tempo então? Mas algo em mim me fez ir, estava tão nervosa... Cheguei mais cedo na clínica e acabei por descobrir que havia ido para o lugar errado. Quase voltei pra casa, mas o local certo era no meio do caminho e num impulso desci do ônibus e fui. Cheguei 15 minutinhos atrasada, mas ela também havia se atrasado e acabou que não teve muita diferença.

Quando fui chamada me deparei com uma médica novinha, pequenina, mas um doce, uma simpatia. Ela me perguntou sobre minha vida, meus costumes, hábitos alimentares... Parece que uma torrente de sentimentos encontrou vazão e eu chorei muito, chorei ao descrever tudo o que eu vivia, todo o percurso do meu regime de engorda. E por incrível que pareça, mesmo que eu tenha vivido esse período, ao descrever foi como se eu não o tivesse vivenciado, como se de um momento ao outro ele surgisse à minha frente.

Ao olhar os exames, ela constatou alguns tópicos que mereceram atenção. O ácido úrico estava um pouco alto, o que poderia explicar minhas dores nas juntas superiores, já que as juntas inferiores sofriam pelo excesso de peso. Uma anemia pequena, quase nada. Glicose, colesterol, triglicerídeos, tudo ok. Passou uma dieta de 1200 calorias, onde eu deveria comer de 3 em 3 horas, mas cortou carne vermelha e mais alguns itens.

Na verdade não uma dieta, necessariamente, mas uma Reeducação Alimentar, voltada para eliminar o peso excessivo e baixar meu ácido úrico.

Ao saber quem seria minha endocrinologista, se animou, pois a conhecia e poderia manter um contato e trabalharem juntas para meu tratamento. Me encaminhou para psicologia, pois percebeu que eu estava com meu emocional muito abalado e que esse acompanhamento seria importante para o tratamento da obesidade. Dica final: Mudar de cardiologista.

Ao final da consulta, recebi um abraço carinhoso. Foi estranho pra mim, pois eu sempre sou metida a forte, a ser a que resolve tudo na minha família. Sou a pessoa a quem se recorre para ouvir conselhos, e eu os dou sempre com muita propriedade, com muita segurança. Mas ali me vi tão frágil, tão desamparada. E fui sustentada por esse abraço, pela Dra. Mônica que é tão pequenina perto de mim...

No dia seguinte seria a consulta da endocrinologista, faltei. Liguei para remarcar, pois quando me dei conta que faltaria para ficar na cama, por preguiça, me doeu. Durante a semana minha mãe fez mais legumes na comida e eu diminuí alguns exageros meus.

O dia da consulta chegou (05/05) e eu fui antes para uma ginecologista que estava marcada. Providenciei um check-up geral... Dra. Maria Thereza foi de uma simpatia tamanha. Fez coleta para exames e pediu outros de rotina. Conversou sobre meu peso e expliquei que estou em tratamento, o que a agradou.

Depois a endócrino, Dra. Adriana, verificou meus exames e minha dieta prescrita pela nutricionista. Ela já sabia quem eu era, já havia conversado com a Dra. Mônica. Perguntou pela consulta da psicologia, disse que ainda não havia marcado. Recomendou que eu tentasse novamente, pois seria importante. Parece que meu estresse atual só me faria chorar na frente dessas doutoras. Foi assim com a Dra. Mônica, com a Dra. Maria Thereza e agora com a Dra. Adriana. Pediu outros exames laboratoriais e passou uma fórmula para me auxiliar no tratamento da obesidade.

Na sexta feira seguinte (07/05), pela manhã, recebi uma ligação de uma psicóloga que estaria com um horário para me atender, fui. Tive a primeira consulta com a Dra. Zilda, onde ela me ouviu e pediu que eu analisasse depois sobre se eu era gorda por que estava em depressão ou se fiquei em depressão por estar gorda. E quando foi a primeira vez em que me vi neste estado.

Já passei por diversos períodos de depressão, não necessariamente por causa do peso. E sei que é muito difícil para mim combater esses surtos. Pela primeira vez eu refleti sobre isso... Eu não estou mal comigo por estar acima do peso. Isso é ruim, me deixa pra baixo, acaba com minha estima, lógico que sim. Mas eu fiquei reclusa muito antes de engordar. Eu me fechei primeiro, e as noites acordada me fizeram compensar com comidas. Foram doces e mais doces, refrigerantes à vontade, pacotes de biscoito, e comidas também. Minhas madrugadas eram fartas de besteiras.

E eu não evitava essa situação. Ao contrário, eu a produzia com o que pudesse haver de melhor ao meu paladar.

Voltei esta semana à consulta com a Dra. Zilda e conversamos mais (11/05). Ela me ouviu, fez perguntas, analisou minhas respostas, me viu chorar, e mais uma vez me forçou a refletir. Sobre coisas que não quero dividir com ninguém, mas que na verdade nem preciso. Só a mim basta. De tudo, posso dizer que eu já tinha consciência de minha culpa em tudo isso, e no mal que eu estou fazendo a mim e aos que me amam.

Isso foi na terça-feira. Na quarta eu não fiz esforço algum para levantar cedo, pois passei a noite acordada de novo. Se eu estou seguindo a RA corretamente? Não. Só diminuí algumas coisas.

Hoje, 13/05, estou mais uma madrugada sem dormir. Pensando... Me martirizando por ser tão relapsa, tão sem vontade de lutar por mim... E comecei a escrever, colocar no papel essa história toda que roda em minha mente. Quero mudar, quero recomeçar. Mas sei que não sou muito disciplinada. Rotina não é comigo. E manter RA, pra mim, é uma luta. Já tentei antes. Diversas vezes e nada.

Faço parte de uma comunidade no Orkut onde um cardiologista é moderador, Dr. Marcilio. Tenho um livro dele que comprei pela net há um ano e nunca consegui ler inteiro. Eu amo ler, mas não li esse livro todo porque sei que me força a um caminho que eu fujo, inconscientemente.

Ele orienta a iniciar um blog e utilizar como ferramenta de controle de nossa RA. O que ninguém sabe pode ser burlado. Vou tentar.

Estou terminando a leitura do livro hoje, e começarei o blog. Farei o passo-a-passo dele. Através do blog.

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