De quilinho em quilinho eu chego lá... Voa borboleta, voa.

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terça-feira, 1 de junho de 2010

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...

Meu filho tem dez anos. Estava dentro de uma van legalizada e informou ao cobrador onde deveria descer. No local em que deveria saltar, a van fez a parada para pegar passageiro, mas o cobrador esqueceu que meu filho desceria. Quando meu filho falou que iria descer o cobrador não pediu que o motorista parasse a van, achando que a pouca velocidade do veículo não teria maiores problemas, e mandou que meu filho saltasse.

O motorista não percebeu o que acontecia, e meu filho desceu com o veículo em movimento, vindo a cair.

Não se machucou seriamente, apenas alguns ralados, mas chegou em sua escola chorando muito, assustado e com dores superficiais. Ele viu que meu filho caiu e, segundo uma senhora que viu a queda, olhou para trás e riu. Isso mesmo, riu. Não prestou socorro e nem parou pra saber se ele estava machucado.

Ao saber do ocorrido fui ao ponto final da van e lá encontrei o presidente da cooperativa que me disse que o cobrador seria punido com um dia de suspensão por "andar com a porta do carro aberta". Quando mostrei indignação pela pouca atenção ao fato dele ter mandado uma criança saltar do veículo em movimento, ele me disse que se eu achasse insatisfatório, que procurasse uma delegacia pra abrir uma ocorrência.

O cobrador chegou ao ponto final e tivemos uma discussão. Ele apenas perguntou, como se fosse a coisa mais natural do mundo, se meu filho estava machucado. Por estar com muita raiva, tive que me controlar para não partir pra cima dele e acabar perdendo minha razão. Antes tivesse sentado a mão nele, visto os acontecimentos a seguir.

Me dirigi à delegacia para relatar o ocorrido e fui impedida de abrir um BO, pois alegaram que não haveria ali crime algum, visto que meu filho não apresentava lesões.

Volto para casa com essa sensação de não estar protegendo meu filho devidamente.

Mas com muita raiva ainda...

Pergunto: Há alguma forma de implicar esse indivíduo na justiça? Seja criminalmente, seja civil, qualquer coisa... Me recuso que isso fique resumido a "uma folga", como ele mesmo disse quando o confrontei.

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